Gerenciamento de Risco de Qualidade (Quality Risk Management) sob uma Nova Perspectiva
Como você já deve saber, o principal objetivo do Gerenciamento de Risco de Qualidade é mitigar riscos que possam comprometer a qualidade dos produtos farmacêuticos, colocando em risco, consequentemente, a vida dos pacientes. Embora isso seja entendido como a base do gerenciamento de risco na indústria farmacêutica, é essencial reconhecer que um GRQ eficaz não é um processo aleatório, mas sim uma abordagem cuidadosamente orquestrada ao longo de todo o ciclo de vida do produto, para não apenas evitar problemas de qualidade em potencial, mas também identificar e isolar riscos precocemente e abordá-los antes que escalem e prejudiquem o processo de produção ou impactem a segurança do paciente.
Como já discutimos, o segredo para um gerenciamento de risco eficaz que gera resultados é uma abordagem sistemática para todo o processo, desde a identificação até o controle do risco, conforme descrito na diretriz Q9 da Conferência Internacional sobre Harmonização (ICH). Quando implementado de acordo com essa diretriz, o GRQ não apenas melhora a qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos que sua organização produz, mas também promove uma cultura interna de “qualidade em primeiro lugar”, onde as decisões sobre riscos e mitigação não são aleatórias, mas fundamentadas em conhecimento científico e expertise, com cada risco recebendo recursos e atenção proporcionais à sua importância. Esse foco na tomada de decisão baseada em evidências permite que as equipes priorizem seus esforços de forma eficaz, garantindo que cenários de maior risco sejam abordados prontamente, protegendo assim a saúde do paciente e mantendo a conformidade regulatória.
Mitigação ou Aceitação de Risco?
Diferente de outras indústrias, onde a aceitação de risco é, por vezes, uma estratégia viável para otimizar operações e reduzir custos, as implicações na indústria de ciências da vida significam que até mesmo o menor descuido pode levar a consequências sérias para a segurança do paciente e a saúde pública. Mesmo quando o risco de prejudicar vidas humanas é mínimo, os perigos de uma estratégia de GRQ inadequada podem ser onerosos e causar danos irreparáveis, não apenas para a reputação da organização, mas para toda a cadeia de suprimentos. Uma abordagem comprometida em relação ao gerenciamento de risco de qualidade é suficiente para disparar alarmes e desencadear uma série de problemas, desde auditorias obrigatórias, multas, não conformidades e até ações legais. Dado o que está em jogo, faz sentido optar pela mitigação de risco e incorporar estratégias adequadas de GRQ utilizando as ferramentas certas para identificar e gerenciar proativamente os riscos potenciais. Uma abordagem abrangente não se limita apenas ao uso de tecnologias de ponta, mas também inclui a integração de equipes multifuncionais que colaboram para avaliar e abordar riscos de maneira eficaz. Isso inclui a promoção de uma cultura de conscientização sobre qualidade em toda a organização, onde cada colaborador entende seu papel na manutenção da conformidade e segurança.
O Papel Insuperável das Revisões Periódicas em seu Plano de GRD
Enquanto produtividade e maximização de resultados são os objetivos principais de qualquer negócio voltado ao lucro, as entidades que operam em nossa indústria estão longe de ser comuns, o que exige uma abordagem única para a supervisão operacional. É aqui que entram as revisões periódicas, atuando como pontos de verificação essenciais no setor de ciências da vida para garantir conformidade, manter a qualidade dos produtos e proteger a segurança dos pacientes. Quando usadas em conjunto com o Gerenciamento de Risco de Qualidade (GRQ), as revisões periódicas tornam-se uma ferramenta poderosa que permite às organizações identificar sistematicamente riscos potenciais e avaliar a eficácia dos controles existentes. Ao analisar os dados obtidos dessas revisões, as organizações de ciências da vida podem descobrir tendências e áreas de melhoria, levando a uma tomada de decisões mais informada e a intervenções oportunas. A interseção desses dois elementos garante que as estratégias de gerenciamento de risco não sejam apenas teóricas, mas integradas ativamente nas operações diárias.
Para saber mais sobre o tema, assista ao nosso TEQ Talk "Dominando a gestão do risco e a revisão periódica"
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