Sabe-se que as impurezas elementares (IE) não proporcionam nenhum benefício terapêutico aos animais, seus níveis no medicamento devem ser controlados dentro de limites aceitáveis, a fim de garantir a segurança animal e a segurança do consumidor, levando em conta alimentos de origem animal (carnes , ovos, leite, queijo..).
Com base na probabilidade de ocorrência nos medicamentos e na sua toxicidade, os elementos foram classificados em 3 classes no ICH Q3D. Com base na principal via de administração a tabela 5.1 do ICH Q3D define as impurezas elementares, divididas nas 3 classes, que são aceitáveis em Medicamentos Veterinários. As impurezas elementares mais importantes a serem consideradas são aquelas listadas no ICH Q3D: Cd, Pb , As, Hg, Co, V, Ni, Tl, Au, Pd , Ir , Os , Rh, Ru, Se, Ag, Pt, Li, Sb, Ba, Mo, Cu, Sn, Cr.
A Exposição Diária Permitida, que dá, com base nos dados de toxicidade, a quantidade máxima permitida de cada elemento que pode estar contido na ingestão diária máxima de um medicamento, precisa ser convertida em uma concentração máxima de impurezas nos VMPs, seguindo abordagem proposta nos guias. Caso sejam identificadas potenciais impurezas elementares , será necessário realizar testes específicos para quantificá-las e determinar se respeitam ou não os limites máximos aceitáveis. Níveis de impurezas elementares superiores ao EDP estabelecido podem ser justificados em determinadas circunstâncias, por exemplo, com referência à via de administração, espécies-alvo, peso das espécies-alvo, dose e duração do tratamento. Em determinadas circunstâncias, pode ser necessária uma avaliação toxicológica. Esses níveis mais elevados estão sujeitos à aprovação da agência reguladora.