A cannabis medicinal é um tema cada vez mais relevante na nossa sociedade, onde se cruzam restrições legislativas, controle médico e crescente sensibilidade social. A sua adoção como tratamento terapêutico, embora reconhecida pelos seus benefícios em condições como dor crônica, epilepsia e esclerose múltipla, continua a ser objeto de debate.
Na Europa, o uso de cannabis medicinal varia significativamente entre os países. De acordo com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), a Alemanha e a Itália estão entre os principais utilizadores, com aproximadamente 128.000 pacientes na Alemanha em 2020 e um número crescente na Itália. Por outro lado, países como a França mantêm restrições mais rigorosas, com apenas programas-piloto limitados. A Alemanha, por exemplo, é um dos países mais avançados em termos de acesso à cannabis medicinal. Desde 2017, os médicos podem prescrever cannabis para fins terapêuticos e, em 2020, cerca de 128.000 pacientes alemães a consumiam. Na Itália, a situação é semelhante, com um número crescente de pacientes utilizando a cannabis medicinal para tratar várias condições, incluindo dor crônica e espasticidade causada pela esclerose múltipla. No entanto, em outros países europeus como a França, o acesso à cannabis medicinal é muito mais limitado, muitas vezes confinado a programas-piloto restritos.